Aos 22 anos Chico Buarque descobriu que tinha um irmão alemão. Sergio
Buarque de Holanda, reputado historiador e crítico literário, pai de
Chico, vivera na Alemanha entre 1929 e 1930, enquanto correspondente de
um jornal. A efervescente Berlim dos anos 30 serviu de cenário a um
romance com uma mulher alemã, de quem teve um filho que nunca chegou a
conhecer. Chamava-se Sérgio Ernst. Quase cinco décadas depois da
descoberta, Chico Buarque decidiu fazer da existência desse irmão – e do
silêncio em torno dele –a matéria do seu próximo romance. Mas antes
precisava de saber exactamente o que lhe acontecera. Dessa busca nasce
este romance. Magistralmente conduzida por um narrador obsessivo,
delirante, megalómano e profundamente solitário sem o querer ser, a
narrativa enreda o leitor numa trama em que realidade e devaneio se
confundem permanentemente. A páginas tantas, a busca de narrador e autor
passa a pertencer igualmente ao leitor, também ele desesperadamente
procurando esse irmão desconhecido.
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