Seleção das crônicas confessionais que a escritora escreveu no Jornal do
Brasil, entre agosto de 1967 e dezembro de 1973. Organizado por Pedro
Karp Vasquez, o livro reúne uma série de textos em que a escritora conta
sua própria vida. É Clarice Lispector na primeira pessoa, detalhando
passagens marcantes de sua história, divagando sobre os temas mais
variados, revelando particularidades de seu cotidiano e esmiuçando seu
processo criativo. A coletânea ajuda a compreender melhor a inigualável
obra literária deixada por Clarice Lispector. No livro, ela conta, por
exemplo, que nunca superou o sentimento de culpa pela morte de sua mãe,
fala das humilhações de que foi vítima na infância, cogita a origem de
sua necessidade de proteção masculina, revela quais foram os livros que
marcaram cada fase de sua vida e rejeita o rótulo de intelectual – “Ser
intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a
intuição, o instinto”.
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