Baseado na análise de amostras da fala de algumas comunidades rurais
afro-brasileiras isoladas, no caso, quatro comunidades do Estado da
Bahia - Helvécia, Cinzento, Rio de Contas e Sapé -, o livro apresenta os
resultados obtidos pela aplicação de modelos teóricos que transitam da
gerativa, de princípios e parâmetros, à sociolingüística variacionista,
dentro daquela linha fecunda inaugurada pelo Prof. Tarallo nos anos
oitenta.Dividido em duas partes, são apresentados, na primeira, os
fundamentos teóricos e metodológicos nos quais se baseou a pesquisa e
também o contexto sócio histórico das comunidades analisadas. Na segunda
parte, são isolados dezesseis 'pontos-diagnósticos' (apropriando-me da
expressão utilizada pelo Professor Aryon Rodrigues em sua análise
comparativa das línguas tupi-guarani), pelos quais se pode tanto esboçar
um retrato das variedades vernáculas das comunidades pesquisadas,
quanto levantar hipóteses, já mais bem fundadas, sobre a história do
contato do português com as línguas africanas em território brasileiro.
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