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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Herbert Marcuse - Eros E Civilização














Na teoria freudiana, a civilização surge-nos estabelecida em contradição com os instintos primários e o princípio de prazer, na permanente subjugação dos instintos humanos. A livre gratificação das necessidades do homem seria, pois, incompatível com a sociedade civilizada - dilação e renúncia na satisfação constituem pré-requisitos do progresso. Para Marcuse, porém, a própria concepção teórica de Freud parece refutar a firme negação deste, da possibilidade histórica de uma civilização não repressiva. Opondo-se às escolas revisionistas neofreudianas, afirma que a teoria de Freud é 'sociológica' em sua substância, que o 'biologismo' é teoria social em uma dimensão profunda e que, portanto, nenhuma nova orientação cultural ou sociológica é necessária para revelar essa substância. Admite, ainda, que as próprias realizações da civilização dominadora parecem criar as precondições para a abolição da repressão e transformação da sociedade. Em um candente prefácio político, Herbert Marcuse destaca o fato de a moderna sociedade industrial depender cada vez mais da produção e do consumo do supérfluo, do obsoletismo planejado e dos meios de destruição. Localiza o 'inferno' nos guetos da sociedade afluente e nas áreas cruciais dos países em desenvolvimento e interpreta a propagação da guerra de guerrilhas no apogeu do século tecnológico como um acontecimento simbólico - a energia do corpo humano revolta-se contra a repressão intolerável e lança-se contra as máquinas da repressão. Trata-se, portanto, de uma temática ainda bem atual, que pode ser aplicada na compreensão do comportamento da sociedade do século XXI.

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