Primeiro livro de Julian Assange, editor chefe e visionário por trás do
Wikileaks. O livro é resultado de reflexões de Assange com um grupo de
pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da
batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e
Jérémie Zimmermann). A edição brasileira terá a colaboração do filósofo
esloveno Slavoj Zizek e tradução de Cristina Yamagami. Apesar de a
internet ter possibilitado verdadeiras revoluções no mundo todo, Assange
prevê uma grande onda de repressão no mundo online, a ponto de
considerar a internet como uma possível ameaça à civilização humana
devido à transferência do poder de populações inteiras a um complexo de
agências de espionagem e seus aliados corporativos transnacionais que
não precisarão prestar contas pelos seus atos. Em contrapartida, propõe o
lema “privacidade para os fracos e transparência para os poderosos”. O
livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e liberdade, mas o
principal tema é o movimento cypherpunk, que faz uso da criptografia
como mecanismo de defesa dos indivíduos perante a apropriação e uso
bélico da internet pelos governos, Estados e empresas. Os cypherpunks
defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios
para provocar mudanças sociais e políticas. O movimento teve início em
1990, atingiu o auge de suas atividades durante as “criptoguerras” e,
sobretudo, após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe. O
termo cypherpunk, uma derivação (criptográfica) de cipher (escrita
cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006.
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