Ensaio teórico sobre o núcleo dos nossos desequilíbrios econômicos,
sociais e políticos, a desigualdade. O pior, é que em termos econômicos a
desigualdade funciona. Se a renda é muito concentrada, ampliando o
consumo de luxo, os processos produtivos se adaptam, e produzem de
acordo com o perfil de consumo dos mais ricos. O capitalismo se organiza
em função da capacidade aquisitiva, e não das necessidades. Hoje, em
2012, isto se traduz por exemplo na expansão dos medicamentos para
idosos de alto poder aquisitivo, e pouquíssimo investimento em
medicamentos para a malária e outras doenças de pobres. Investe-se em
hospitais de cinco estrelas, e muito pouco em saúde preventiva. Mas
disto resulta um desenvolvimento dito de “base estreita”, politicamente
cada vez mais instável. O presente ensaio foi escrito em 1980, há trinta
anos. O seu interesse hoje reside essencialmente na visão desta
discussão numa perspectiva histórica. E o drama da desigualdade, que
hoje numerosos países tentam enfrentar, continua no centro do embate.
Não haverá equilíbrio enquanto não adotarmos sólidos sistemas de
redistribuição de renda, e consequente mudança dos sistemas produtivos.
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