Uma figura se delineia neste O Brasil não é longe daqui: a do
narrador de ficção na literatura brasileira, surpreendido em movimento,
durante seu processo de formação histórica, a partir das décadas de 1830
e 1840, nas seções de variedades e nos folhetins dos periódicos da
época. Em meio a charadas, textos de divulgação científica, estampas de
plantas e animais, pequenas biografias e casos curiosos, tal figura é
enfocada sobretudo em diálogo com uma forma literária, o relato de
viagem, e sua contraparte pictórica, as pranchas de desenhistas em
trânsito, ambas mediadoras fundamentais da territorialização
paisagística da imagem do Brasil e da figuração de um narrador-viajante
que, mutante – ora cartógrafo, ora historiador, ora cronista -, daria as
cartas na nossa prosa de ficção romântica.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário