Em 7 de abril de 1831, após uma série de acontecimentos que o tinham levado a abdicar da Coroa brasileira, d. Pedro I era obrigado a deixar o Brasil. Ao longo da semana em que seu navio permaneceu no porto, ele se dedicou a cuidar de negócios, recebendo a bordo para essas operações corretores e comerciantes de má fama na corte, tratando pessoalmente com eles. Causou espécie entre a oficialidade do Warspite, navio inglês que o acolhera, a avidez minuciosa com que o ex-imperador realizava transações, contas, avaliações, venda de títulos, venda de imóveis e até dos objetos mais banais, como selins e arreios de cavalos, mobílias,carruagens, roupas, quadros, louças e pratarias. Cuidava ele mesmo da contabilidade,arrolando tudo em inumeráveis folhas de papel nas quais se alinhavam parcelas e cálculos com o valor de todos os seus bens. Talvez por desconfiança, acompanhou pessoalmente o embarque de sua bagagem e andava pelos corredores do navio abraçado à caixa de um faqueiro de prata que pretendia vender quando chegasse à Europa.
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