Até ser expulso de um lindo castelo na Westfália, o jovem Cândido
convivia com sua amada, a bela Cunegunda, e tinha a felicidade de ouvir
diariamente os ensinamentos de mestre Pangloss, para quem “todos os
acontecimentos estão encadeados no melhor dos mundos possíveis”. Apesar da crença absoluta na doutrina panglossiana, do primeiro
ao último capítulo, Cândido sofre um sem-fim de desgraças: é expulso do
castelo; perde seu amor; é torturado por búlgaros; sobrevive a um
naufrágio para em seguida quase perecer em um terremoto; vê seu querido
mestre ser enforcado em um auto da fé; é roubado e enganado sucessivas
vezes. Cândido só começa a desconfiar do otimismo exacerbado de seu mestre
quando ele próprio e todos os que cruzam seu caminho dão provas
concretas que o melhor dos mundos possíveis vai, na verdade, muito mal. Cândido, ou o Otimismo é um retrato satírico de seu tempo.
Escrito em 1758, situa o leitor entre fatos históricos como o terremoto
que arrasou Lisboa em 1755 e a Guerra dos Sete Anos (1756-63), enquanto
critica com bom-humor as regalias da nobreza, a intolerância religiosa e
os absurdos da Santa Inquisição. Já o caricato mestre Pangloss é uma
representação sarcástica da filosofia otimista do pensador alemão
Gottfried Leibniz (1646-1716).
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