Na tradição filosófica ocidental, o homem representa uma ruptura do
continuum natural. Como animal falante, habita a clareira em que se abre
toda significação, todo dizer; como mortal, encontra sua dimensão mais
autêntica na antecipação de sua própria impossibilidade radical.
Questionar o lugar e a estrutura desta negatividade constitutiva é ponto
de partida para uma compreensão, em toda sua profundidade, da relação
essencial estabelecida entre morte e linguagem.
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