Esta dupla de historiadores – Luiz Augusto Pinheiro
Leal e Josivaldo Pires de Oliveira – eu conheci há alguns anos atrás,
fissurada por material de capoeira para referendar os assuntos das suas
monografias de mestrado. O primeiro é paraense e o segundo feirense da
Bahia. Os estudos e o interesse pela capoeira fizeram com que eles se
encontrassem, se tornassem amigos e parceiros de produções sobre o tema.
Percebi que os dois andavam atinados com as novidades que os estudos da
capoeira estavam a demandar. Gente com gosto para a pesquisa. Com
cheiro de arquivos. Bel (Josivaldo), na ocasião, estava empenhado em
compreender um período histórico da capoeira baiana, assanhado por
desordeiros e valentões. Um tema que começava a ser retirado do breu,
remexido, documentalmente coberto, revelador de muitos barulhos
históricos e personagens, cujas lembranças desagradam moralmente parte
significativa da comunidade atual da capoeira.Um tema, por isso, cheio
de armadilhas e riscos (inclusive morais) para quem desejava abordá-lo.
Bel com perícia e rapidez encarou a tarefa e avançou sobre o assunto,
dignificando o papel que tiveram os valentes para os destinos da
capoeira. O resultado já é conhecido e está exposto no seu livro de
sugestivo e belo título: No tempo dos valentes: os capoeiras na cidade
da Bahia, hoje compondo a bibliografia básica para os que estudam o
passado da capoeira baiana.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
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