Uma das tendências mais significativas no contexto das artes no século
XX é o processo de interação entre as linguagens expressivas
paralelamente ao desenvolvimento tecnológico dos meios sociais de
comunicação. Dentro deste novo universo artístico de busca do ideal da
Arte total, há de se destacar a importância do compositor suíço
naturalizado brasileiro Walter Smetak que, movido pela idéia de que "um
novo mundo requer homens novos e uma música nova - e para isso,
instrumentos musicais diferentes" (Smetak, 1991: 184), bem como através
de seus conhecimentos como compositor, poeta, esotérico, filósofo e
artista plástico, chegou, nos idos da década 60 até o início da década
de 80, à concepção e criação de novos instrumentos musicais, ou como
eram chamados, "plásticas-sonoras", objetos que, em si, agregavam duas
linguagens expressivas: música e escultura. A pesquisa aqui descrita
constituiu-se no levantamento, estudo e documentação da obra de Walter
Smetak, a fim de discutir seu pensamento e obra, e da mesma maneira,
reunir subsídios para a análise de seu processo criativo, apontando a
interação entre meios e linguagens, na busca de uma arte inter, trans e
multidisciplinar, interação esta, tão bem representada na obra deste
verdadeiro alquimista de sons (Moraes, 1985: 5), profeta visionário da
multimídia unplugged.
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