Os sistemas de relações de trabalho da América Latina sofreram fortes pressões por mudança nos últimos 20 ou 30 anos, resultado da adoção de um conjunto de reformas emanadas do ‘consenso de Washington’ que, liberais na origem, desmontaram o modelo de industrialização por substituição de importações e, com ele, as bases materiais da ordem social consolidada no século XX. As mudanças na esfera econômica afetaram as leis trabalhistas, a estrutura sindical, a ação coletiva, os padrões de negociação entre capital e trabalho e os padrões de intervenção do Estado nessas mesmas relações, com maior ou menor intensidade segundo o país. Numa palavra, as mudanças, afetaram a estrutura mais profunda do padrão de relações de classe e da coesão social consolidados no continente no século passado. Em anos mais recentes, com o esgotamento parcial do modelo instalado no continente a partir dos anos 1970, o problema da coesão social ganhou contornos diversos, impondo novos desafios ao sindicalismo que, contudo, em nenhum lugar reassumiu o papel protagônico que tinha no modelo anterior.
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