O debate sobre os temas estratégicos para o desenvolvimento nacional está interditado. A ditadura do pensamento liberal impõe que o futuro do país se subordine ao restrito cumprimento das regras determinadas pelos organismos internacionais (“tripé” macroeconômico) para preservar os interesses dos detentores da riqueza financeira. Se houver consenso de que é preciso que o crescimento econômico atenda aos interesses de toda a sociedade, e não apenas do poder econômico, é fundamental que seja discutido um projeto de desenvolvimento. Para que isto ocorra num ambiente democrático é importante que a classe trabalhadora, os diversos setores populares, as classes médias progressistas, e o empresariado, tenham voz ativa, organizando a sociedade, provocando o debate e propondo programas e políticas. O fato é que estão sendo aplicados freios a um desenvolvimento econômico mais substantivo e socialmente equilibrado, o que gera novos problemas no mercado de trabalho e repercussões negativas sobre as condições de vida de parcela expressiva da população. O chamado “ajustamento”, anunciado como algo temporário, torna-se um processo permanente, na medida em que as próprias políticas de ajuste reforçam os desequilíbrios estruturais da economia e criam novos desajustes.
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