O livro de João Teixeira, A mente segundo Dennett, apresenta as
concepções sobre a mente e a consciência propostas por Daniel Dennett,
destacando a importância do filósofo no cenário em que se encontra,
principalmente pelo fato de sua filosofia da mente estabelecer o diálogo
com a ciência, e abrir possibilidades para repensar o estatuto
científico da psicologia e suas relações com outras disciplinas, tais
como ciência da computação, robótica e neurociência. Para apresentar
Dennett, Teixeira traça o cenário de surgimento e consolidação da
ciência cognitiva, da inteligência artificial e da filosofia da mente no
século XX, situando Dennett na tradição naturalista, compreendendo o
pensamento como um dos aspectos da natureza. "Dennett acredita que desta
forma poderemos explicar o funcionamento da mente, primeiro
"desmontando-a" para depois replicá-la em modelos". Entre as
peculiaridades do pensamento de Dennett, Teixeira aponta para a
superação da oscilação pendular entre materialismo e dualismo, situando o
autor na "terceira margem do rio". No primeiro capítulo, intitulado
Mente, Teixeira aborda a questão: O que é a mente para Dennett?,
afirmando que esta situa-se no domínio do virtual, "nossas mentes são
apenas uma interpretação do que ocorre nos nossos cérebros e se
manifesta na forma de comportamentos"; "Mentes são sistemas
intencionais, construções teóricas úteis que permitem a interpretação de
organismos ou máquinas". Como sistemas intencionais, as mentes
estão, ao mesmo tempo, na natureza e nos olhos do observador.
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