O livro A Última Gota mostra o drama da falta d’água e
os problemas que comprometem a sua oferta, em qualidade e quantidade,
nas grandes cidades do Brasil. Parte da explicação da crise é suja e mal cheirosa. Em pleno século
XXI, ainda deixamos de tratar 4 litros de cada 10 litros de água de
esgoto coletado, que é despejado “in natura” em córregos, rios e no mar,
comprometendo a qualidade das águas e gerando uma conta salgada para a
saúde. Já que sem água não se vive, água suja mata! Isto é ou não é a
última gota? É preciso agir rápido frente ao crescimento galopante dos desafios.
Todos os anos, milhares de novos produtos químicos são produzidos e
derramados em nossa água; muitos, com potencial de perturbar os
hormônios dos seres vivos, passam incólumes pelos sistemas de
tratamento. Fenômenos como secas, enchentes, furacões e temperaturas
extremas estão em ascensão em todo o mundo, causando perda de vidas e
atrasando o desenvolvimento econômico e social por anos, se não décadas. Num mundo em aquecimento, secas mais intensas e frequentes vão
exacerbar a concorrência pela água entre a agricultura, os consumidores
em suas casas, indústria e produção de energia, afetando a oferta de
água, energia e a própria segurança alimentar. Em muitas regiões, cada gota a menos pode emergir como uma nova fonte de conflito. Estaremos preparados?
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