Em “Catorze contos exemplares”, Modesto Carone nos deixa saber que, em um intervalo de seis meses, Franz Kafka se recolheu na minúscula casa da rua dos Alquimistas, em Praga, para dedicar-se à escrita, longe da repartição e da casa paterna. Nesse conjunto de casinhas, que lembram imediatamente aquelas dos contos de fada, alquimistas da Idade Média travavam uma luta de vida e morte para transformar chumbo em ouro. Para aqueles que desesperavam do êxito, a saída era se atirar no precipício que se abria nos fundos daquelas portas baixas e estreitas. É nesse cenário que Kafka escreverá aquilo que ele chamou de “prosa miúda”.
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