Na juventude, o escritor israelense Amós Oz viveu em um kibutz – uma
fazenda coletiva. Hoje, ele mora em Arad, pequena cidade do Deserto de
Negev. A experiência da vida em localidades pequenas e isoladas
transparece nesta coletânea – sete dos oito contos têm lugar em uma
aldeia fictícia, Tel Ilan. Não é uma visão compassiva: são contos muitas
vezes amargos, com personagens que buscam a aldeia não pela suposta
vida simples do interior, mas para se refugiar de vilezas e
mesquinharias do passado. Um dos maiores escritores de seu país, Oz, de
70 anos, é conhecido como uma personalidade atuante – e uma voz moderada
– no conturbado cenário político de Israel. Mas se irrita com os
críticos que tentam ler alegorias políticas em seus contos: “A ação do
livro transcorre em Israel, mas ele não trata da condição israelense, e
sim da condição humana”, disse em entrevista ao jornal Haaretz.
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