O que precisa ser feito para que as injustiças mais evidentes do mundo
contemporâneo sejam eliminadas ou, ao menos, atenuadas? Nas sociedades
democráticas, as instituições do Estado trabalham pela aplicação
equânime das leis ou são meros instrumentos de uma burocracia
autorreferente? Partindo do ordenamento jurídico em vigor — que
negligencia a realidade concreta dos cidadãos para privilegiar a
formulação de arranjos institucionais —, que caminhos podem levar à
construção de um planeta mais inclusivo e menos iníquo? Neste livro ao
mesmo tempo rigoroso e inovador, Amartya Sen, prêmio Nobel de economia
em 1998, retira o foco das utopias conceituais do direito para tentar
responder as questões mais urgentes da cidadania, desviando-se das
elucubrações sobre a essência da justiça ideal que, desde o Iluminismo,
vêm balizando a ciência do direito. Sen traz as esperanças e
necessidades das pessoas reais para o centro da discussão, sugerindo uma
radical reavaliação das prioridades da justiça e da política.
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