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terça-feira, 13 de setembro de 2016

István Mészáros - Produção Destrutiva E Estado Capitalista
















A premissa de que Mészáros aí parte é a da relação dialética existente entre produção e consumo no sistema do capital. Haveria, segundo o filósofo, uma determinação recíproca, envolvendo inúmeras mediações, atuando em ambos os polos dessa relação, sendo que o momento predominante caberia ao da produção (ou melhor, da reprodução) do capital. Nesse contexto, é possível perceber que a assim chamada crise estrutural tem a ver com aquilo que Meszáros chama de produção destrutiva – ou como J. Chasin (prefaciador do ensaio) diz: a produção da destruição -, que responde por uma conformação específica do movimento dialético que percorre produção e consumo. A produção destrutiva seria um meio desenvolvido pelo próprio capital para lidar com as contradições inerentes ao processo de superprodução (ou superprodução crônica, como o pensador húngaro a nomeia em algum ponto de seu texto). Para delinear tais ideias, Mészáros lança mão de uma categoria que precisa ser entendida no contexto da sua argumentação, articulada com suas premissas e com as demais formulações aí desenvolvidos: a taxa de uso decrescente, que diz respeito, entre outras coisas, à quantidade proporcional de tempo alocado na produção de bens relativamente duráveis e de bens de consumo rápido. A taxa de uso decrescente, ou melhor, a forma como o capital manipula a taxa de uso decrescente – e ressaltemos que Mészáros compreende essa taxa como um fruto do próprio desenvolvimento da força produtiva do trabalho -, é fundamental para a definição do conceito de crise estrutural.

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