O momento atual é mais que oportuno para uma reflexão sobre as migrações internacionais. Como afirma Santos, “Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação?” Como entender a “nossa era globalizada”? A globalização, segundo Santos (2001), deve ser percebida de três maneiras diferentes: como fábula, como perversidade e como oportunidade para a construção de uma sociedade mais solidária. Se, por um lado, a globalização exerce um forte estímulo às migrações, uma vez que intensifica o fluxo de informações sobre padrões de vida e oportunidades nos países industrializados, tal estímulo não é acompanhado por um aumento de oportunidades. Se, por um lado, o fluxo de capital e mercadorias é incentivado, por outro, aumentam-se as restrições ao fluxo de pessoas. A globalização constitui-se, assim, num processo que segrega, seleciona e exclui. A migração é um fenômeno complexo que tem sido abordado de diferentes ângulos, evidenciando heterogeneidades nas relações entre países de origem e de destino, relevando impactos diferenciados nas sociedades receptoras e originárias de movimentos migratórios. A migração também é entendida como um processo social, e, no caso da migração internacional, destaca-se o surgimento de espaços e comunidades transnacionais.
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