Carolina Silva Pedroso analisa nesta obra as políticas externas de
Brasil e Venezuela e suas relações com as demais nações da América do
Sul após as décadas de 1980 e 1990, período em que os governos
sul-americanos permaneceram alinhados às políticas liberalizantes
promovidas pelo Consenso de Washington. Ela se volta para a ascensão de
líderes identificados com a esquerda na região, comparando suas
políticas e analisando as duas principais organizações regionais criadas
naquele momento: Unasul e Alba. Pedroso resgata a ascensão do primeiro presidente da chamada “onda
rosa”, Hugo Chávez, na Venezuela, em 1998, e, na sequência, de seus
pares da Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Bolívia e Equador. Chávez, mostra e autora, marcou a política da América do Sul ao
“refundar” a República por meio de uma nova Constituição e financiar
projetos sociais locais e internacionais, assim como por liderar
esquemas de integração baseados no socialismo do século XXI e no
bolivarianismo, expressos principalmente na Aliança Bolivariana para os
Povos de Nossa América (Alba). A obra conta como, a ascensão de Lula, em 2003, no Brasil, também
impactou o cenário sul-americano. No maior país da região surgia uma
nova classe de dirigentes representando o desejo expresso de diminuir as
desigualdades sociais do país. Em relação à integração sul-americana o
Brasil também assumiu uma postura protagonista ao articular a criação da
União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que institucionalizou a
associação de doze países da região de maneira autônoma em relação aos
Estados Unidos. Embora buscassem objetivos semelhantes, interna e externamente, as
forças consideradas progressistas não chegaram ao poder com ideias
homogêneas, segundo a autora, o que provocou classificações desses
governos baseadas em suas semelhanças e afinidades ideológicas.
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