Os feminismos têm uma relação mais direta com o descentramento
conceitual do sujeito cartesiano e sociológico ao questionar a clássica
distinção entre o "dentro" e o "fora"; o privado e o público. O
principal slogan dos movimentos feministas na modernidade tardia, e até
hoje, é “o pessoal é político”. Assim, as feministas abrem a seara da
contestação política a arenas inteiramente novas de vida social: a
família, a sexualidade, o trabalho doméstico, a divisão doméstica do
trabalho, o cuidado com as crianças, a carreira. As mulheres feministas
também enfatizam, como questão política e social, a forma como são
produzidos sujeitos generificados. Então, também aqui no Brasil, desde
os anos 1970, o que começou como movimento dirigido à contestação da
posição social das mulheres expandiu-se para incluir a formação das
identidades sexuais e de gênero. Como escreve Cynthia, essa nova
conceituação para análise dos movimentos sociais surge na segunda metade
do século XX, frequentemente associada às mudanças ocorridas nas
sociedades pós-modernas. Vários movimentos sociais se fazem presentes.
Além do movimento feminista, ressalta o movimento negro e o movimento
ambientalista. A autora enfatiza o protagonismo dos feminismos, ao citar
que há consenso entre teóricos/as de diversas áreas do conhecimento
sobre o fato de que o Século XX foi marcado pelo feminismo devido a sua
grande capacidade subversiva e de mobilização. “Diante de uma cultura
política profundamente autoritária e excludente, permitiu às mulheres
uma insurreição maciça e global contra seus opressores.”.
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