Na obra de Florestan Fernandes a questão do socialismo não se constituía um assunto entre outros. Não era também um objeto de discussão abordado de forma teórica ou abstrata como imporia a pesquisa de outras problemáticas de natureza sociológica ou histórica; particularmente nas duas últimas décadas de sua produção intelectual, o socialismo era uma questão vital e prioritária. Mais do que isso, para ele, o socialismo era uma questão existencial na qual ele se engajou de corpo e alma. Não obstante este forte compromisso ideológico com o socialismo, Florestan Fernandes – ao avaliar o conjunto de sua obra e trajetória pessoal – reconhecia que foi ele, sempre e acima de tudo, um intelectual. Ou seja, como intelectual crítico nunca abdicou dos recursos próprios do trabalho científico: da teoria, da pesquisa e da fundamentação empíricas, dos recursos metodológicos e analíticos da lógica dialética.
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