O vagabundo americano tem enfrentado uma barra pesada para vagabundear
atualmente devido ao aumento da vigilância policial nas autoestradas,
entroncamentos ferroviários, praias, margens de rios, aterros e os mil e
um esconderijos escusos da noite industrial. (…) Eu próprio fui um
vagabundo, mas só até certo ponto, como se vê, porque sabia que algum
dia meus esforços literários seriam recompensados com a proteção social –
não fui um vagabundo autêntico, sem esperanças, exceto aquela eterna
esperança secreta que se adquire dormindo em vagões vazios que
atravessam o vale de Salinas sob o sol quente de janeiro. Este é um
trecho de “O vagabundo americano em extinção”, que, juntamente com as
crônicas de viagem “Cenas de Nova York” e “Sozinho no topo da montanha”,
o poema “Rimbaud” e uma apresentação de Kerouac por ele mesmo, completa
este volume marcadamente pessoal do escritor e poeta que personificou a
alma beat.
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