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domingo, 18 de setembro de 2016

Jp. A. Calosse (Edit.) - Picasso
















Picasso teve, desde a infância, segundo a sua própria expressão, uma “ vida de pintor ” e, durante oitenta anos, exprimiu-se nas artes plásticas. Em razão da própria essência do seu génio, diferencia-se do que se entende em geral quando se fala de pintor de arte. Talvez fosse mais exato considerá-lo como artista-poeta, pois o lirismo e o dom de transformar metaforicamente a realidade são tão característicos da sua visão plástica como do mundo de imagens do poeta. Segundo o testemunho de Pierre Daix, o próprio Picasso “ sempre se considerou como um poeta que se exprimia mais facilmente através de desenhos, pinturas e esculturas”. Picasso foi sempre, desde o princípio da sua carreira, “ pintor entre os poetas, poeta entre os pintores ”. Picasso sente uma necessidade imperiosa de poesia, ao mesmo tempo que possui, ele próprio, um encanto que atrai os poetas. Quando do seu primeiro encontro com Picasso, Apollinaire fica impressionado com o modo sutil e judicioso com que o jovem espanhol apreende, ultrapassando a barreira lexical, as qualidades dos poemas recitados. Sem medo de exagerar, pode dizer-se que, se os contactos de Picasso com os poetas – Jacob, Apollinaire, Salmon, Cocteau, Reverdy, Éluard – marcaram sucessivamente cada um dos grandes períodos da sua arte, esta influenciou consideravelmente, como fator inovador importante, a poesia francesa do século XX.

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