Este texto, um dos mais belos da literatura, é também o menos
pretensioso. Se é uma obra-prima, isso se deve um pouco ao acaso, ou
melhor, a essa necessidade imprevisível a que hoje damos o nome de gênio
e que outra coisa não é, em se tratando de Montaigne, senão o próprio
Montaigne, com seu gosto extremo pela verdade, com o desprezo pelo
artifício e com a liberdade sem igual de atitude e tom. Nele denuncia o
que entende como a incapacidade do homem em viver em sociedade
contribuindo de si para o bem comum. Elogio da diferença e do
reconhecimento da mesma como um bem, pontuado por citações de poetas e
pensadores clássicos, este ensaio recupera os ensinamentos da antiga
Roma, cuja República é aqui tomada como superlativo de organização
governativa. A vaidade surge dissimulada em todo o discurso, culminando
com a exibição da reprodução de uma Bula Burguesa que a cidade de Roma
lhe conferiu em 1581.
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