
A Universidade, ou melhor, o modelo de universidade exercitada no Brasil
do século XXI se encontra em uma encruzilhada: não sabemos ao certo se
somos realmente o que pensamos ser. Em uma universidade pública,
gratuita e que se diz laica, exercitamos a clássica defesa de bandeiras
provenientes de uma geração sonhadora, bebemos nessas fontes durante
gerações, mas formamos egressos que, nem de longe, acreditam nas mesmas
questões. Minogue (1981, p. 7), citado na epígrafe, lança uma reflexão
sobre seu tempo (o tempo da escrito de seu texto), mas que vem bem a
calhar: aonde foi parar nossa imaginação? Por que pensamos tão pouco em
nossos rumos intelectuais e sociais nas universidades? Como herança, do
fim do século XX, herdamos uma cultura de “tarefeiros” e
“produtivistas”. Mas como fica o pensar, o livre pensar, tão evocado nos
discursos acadêmicos? Agregamos a esta outra questão: Para quem forma a
academia, para si mesma ou para o mercado? É uma questão que nos
intriga, já que as rápidas mudanças no mundo do trabalho parecem impor
novos significados a formação, não apenas na graduação, mas também na
pós-graduação. Nesse sentido, as discussões em torno de que função (ou
funções) deveria (se é que deveria!, defendem partes da universidade)
assumir o corpus universitário são amplas. A escolha dos capítulos
norteou-se pela contribuição que os diversos pesquisadores podem dar,
mas claro, não se esgota em si mesma. Dividimos esta coletânea em duas
partes: a primeira, intitulada “A política universitária e seus
caminhos” aborda de uma forma mais generalizada a Universidade no
Brasil, e a segunda, intitulada “Pensando a universidade e seus fins”
parte apresenta textos sobre a gestão e a formação com foco na
Universidade Federal do Tocantins em diversos campos.
Baixe o arquivo no formato PDF aqui.
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