“Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, já disse Jesus lá na
Bíblia. Mas, dependendo da intenção de quem jogasse, também seria
considerado um pecador. Se lançasse a pedra com raiva, com certeza teria
agido com Ira. Se sentisse prazer com o ato, cairia na Luxúria. Se a
pedrada fosse por causa de uma dívida, seria um gesto de Cobiça. Se a
razão fosse ficar com os bens da vítima, seria Inveja. Se o motivo fosse
aparecer perante os outros, olha aí a Vaidade. Se precisasse beber para
tomar coragem, cometeria a Gula. E até quem não conseguisse atirar, por
ter se atrasado ao apedrejamento, mesmo assim pecaria por ter cedido à
Preguiça. Evitar os sete pecados capitais não é uma tarefa das
mais fáceis. É por isso que a nossa trajetória está repleta deles. Saber
como moldaram a história do mundo, como foram criados e modificados ao
longo do tempo é entender onde estamos e aonde queremos chegar. Dos
liberais templos pagãos da Grécia aos falsos pudores medievais. Dos
encantos dos portugueses pelas índias às revoluções sexuais dos tempos
modernos, deixemos os pudores de lado para mergulhar com gosto na
Luxúria, que talvez seja o mais tentador de todos os pecados.
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