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sábado, 24 de janeiro de 2015

Adriano Belisário (Org.) - Tecnomagia














Quais os limites da crença míope na ciência normal e sua sucessão infinita de paradigmas? Com quantos progressos se faz uma barbárie? Ou dissecar então a etimologia de “Universo” até chegar no fim da História para repetir como farsa apoteótica? Puro Oxímoro? Redes de delírios? Nascidos em hospitais, assassinaram a lógica por legítima defesa e fugiram da aula de anatomia. Recusaram o pragmatismo da talha dos bisturis hipocráticos, afiados para esta operação cirúrgica de cortes dos umbigos da genealogia que definiu os nomes das crenças todas. Inventaram o elo perdido entre o pré-histórico e o pós-digital, que agora opera diretamente em função de desejos subjetivos de busca por potencialização de alteridades. O que querem estes filhos bastardos com seus caleidoscópios de lendas e ciências tortas, derivadas e híbridas? Ameaça ao tabuleiro de mapas e peças da batalha entre os Homo Fabers. A geologia da Alquimia, da Macumba, das Cartomancias Insurgentes, das CiberSanterias, da Física Computacional Aplicada,das Gambiarras, das Técnicas do Êxtase reunidas não sobre um mesmo plano, mas em uma intensa caixa de areia. Hermes-Exu. Falanges e turbas de entidades míticas a protegem daqueles que podem crer em algo para além da metafísica da colisão de partículas, gerando novos universos e redefinindo as posições dos astros, estrelas e fronteiras. Tecnologia é mato. O mato é humano. Pise na grama. A brisa irá levar os sigilos encriptados para o xamã-rádio no ipê com seu maracá-desacelerador de partícula. Construir alianças com a técnica não-cartografáveis por taxonomias dos fazeres e saberes. Amar o erro. Amar a máquina. Ser maquinações. E renomear-nos. Ciência subjetiva da coisas. Simbiose entre organismos e matérias. A especialização foi um erro. Os alquimistas estão voltando. A pura entropia, sem as contas? Ábacos são Oráculos? Que horas temos? Faça-se carne entre nós!

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