A autora discute a presença quase insignificante da poesia no
ensino fundamental, mostrando também que são inúmeros os equívocos
didáticos quando se recorre ao gênero nas salas de aula. Ela ainda
analisa as razões do predomínio de livros didáticos e paradidáticos com
sustentação filosófica e teórica ultrapassada e que apresentam textos
literários infantis geralmente de natureza narrativa. Para a pesquisadora, trata-se de uma espécie de desperdício, pois a
poesia infantil teria mais possibilidades de contribuir na difícil
tarefa de despertar nos estudantes o gosto pela leitura. Ela cita
Bamberger, para quem a poesia é o único gênero capaz de despertar
leitores em qualquer faixa etária ou fase de leitura. A pesquisa foi realizada com professores de três escolas de nível
básico e teve dimensões pedagógicas, já que a autora levantou a formação
geral desses professores e os reflexos dessa formação na prática
pedagógica, especificamente no que tange a conteúdos e formas de ensino
de literatura infantil. A autora também apresenta uma metodologia de leitura, mais produtiva e
critica do que a normalmente empregada nas escolas, a qual parte da
constatação de que os estímulos do mundo poético integram a vida da
criança desde muito cedo, mas ainda têm de ser inseridos na escola.
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