Em janeiro de 1943, Franklin Delano Roosevelt e Winston Churchill se
reuniram em Casablanca, no Marrocos, e estabeleceram os objetivos dos
Aliados para virar a maré da guerra: a derrota da Blietzkrieg nazista; o
controle das rotas marítimas no Atlântico e do espaço aéreo na Europa
ocidental e central; o transplante do teatro de batalha para a Europa
continental; o fim do imperialismo japonês no Pacífico. Cerca de um ano depois do encontro, a maioria dessas metas havia sido
cumprida. O distanciamento histórico torna difícil entender a dimensão
dessa conquista, mas o fato é que, no momento da reunião, o Eixo ainda
parecia invencível. Apoiado em impressionante repertório de fontes, Paul
Kennedy - autor de Ascensão e queda das grandes potências -, se propõe a esclarecer exatamente como se pavimentou o caminho para a vitória. Ao contrário das histórias clássicas da Segunda Guerra, que privilegiam os líderes políticos e militares, em Engenheiros da vitória
Kennedy procura iluminar o esforço daqueles que chama de
“solucionadores de problemas”: cientistas, engenheiros, soldados, homens
de negócios que foram responsáveis por tornar possível a grande
estratégia estabelecida em Casablanca. Entre as muitas histórias narradas, estão a invenção do Magnetron, um
radar em miniatura, tão pequeno como um prato de sopa, que podia ser
facilmente instalado em aviões e navios de combate menores; a construção
do Hedgehog, um morteiro múltiplo de granadas de curta distância que
diminuía o tempo do disparo contra o inimigo; ou a instalação de
turbinas Rolls Royce nos aviões P-51 Mustang, criando jatos mais velozes
que os da Luftwaffe. Com grande habilidade narrativa, Kennedy conduz o
leitor para os bastidores dessas decisões e descobertas, e nos revela o
verdadeiro “motor” do esforço de guerra.
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