O dossiê de “Estudos Anarquistas Contemporâneos” organizado para esta edição da revista de Ciências Sociais - Política & Trabalho dá mostras do vigor e fecundidade do atual estado desse campo de pesquisas. Para tanto, foram convidados professores e estudiosos com reconhecida produção acadêmica sobre o tema no Brasil e no exterior. Porém, é forçoso dizer que se trata de um recorte mais do que modesto concernente à vasta produção acadêmica disponível hoje sobre o tema. Além disso, como o próprio leitor perceberá, é difícil discernir uma direção que, atravessando o conjunto dos artigos, os nortearia de maneira coerente. Em se tratando de anarquismo, a primeira dificuldade colocada ao estudioso e pesquisador é a de perceber que não se está diante de uma unidade coerente de estudos, mas de uma matéria fragmentária de conhecimentos e, sobretudo, refratária a generalizações. Não significa que no seu interior não seja possível retraçar certas constâncias. No entanto, em se tratando do anarquismo, fala-se sempre a partir de uma multiplicidade de objetos e saberes reunidos por uma homogeneidade precária. É o que explica as inúmeras terminações políticas contidas no anarquismo, cada uma delas possuindo em si diferenças e semelhanças, convergências e oposições, continuidades e rupturas.
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